quarta-feira, 18 de novembro de 2009

CORDEL 49.125 Irineu Joffily amargura aos 77 anos

(E o que fora prometido só confirma a presepada)
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I
No ano de trinta e dois
Nascia o nosso Irineu
A escola ali se ergueu
E ao educar se pôs.
Hoje, afirmo, padeceu
Não diria que morreu
Mas a estima se foi.

II
Um “governo” disse não
À escola ter professor
Mas o ano recomeçou
– Chame! Diz, de plantão,
A titular de uma pasta
A quem a crise desgasta
Na terceira região.

III
O tempo passa e nada
Dos professores pagos
E sete meses são vagos...
Nova titular assentada
Novo governo assumido
E o que fora prometido
Só confirma a presepada.

IV
E os alunos desistindo
Por falta de professor
Que apesar do furor
Não prossegue insistindo.
É preciso um pagamento
Para assegurar o intento
E assim seguir instruindo.

V
E os pais se agoniando
Sem aulas para seus filhos
E, se apagando o brilho,
Sem futuro apontando...
Como vão passar de ano
Sem seguirem pelo plano
De seguir s’aprimorando?

VI
Perguntem ao deputado
Governador, secretário
Sem sequer um ideário...
Só não fique aí parado.
Escrevam à presidência
Ministério e à gerência...
Pra federal, pro delegado.

VII
Não sei como proceder
Mas caminho pra deixar
Sem m’esquecer de amar
Essa pobre a padecer...
A minha segunda casa
Que a ingerência arrasa
E eu nem sei o que fazer...

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Evaldo Pedro Brasil da Costa
(Entre 17 e 18 de novembro de 2009)

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